Europa
Oração do Patrocinador – 27
E TUDO SE FEZ NOVO
Casamento restaurado, marido liberto, área financeira próspera e família ativa na obra de Deus – Deycivane pode se dizer uma mulher abençoada
Carlos Fernandes
Houve um tempo em que Deycivane Costa Miliano, de Boa Vista (RR), chegou a acreditar que sua vida conjugal estava acabada. Aliás, começara mal – ela se casou muito jovem, e logo surgiram os problemas. “Vivi um casamento conturbado. Meu marido, Reinaldo, foi para o quartel e, lá, conheceu o mundo”, conta. Ele começou a beber e a se envolver com outras mulheres, deixando a esposa de lado. “Eu tinha uma filha de um ano e ficava sozinha com minhas tristezas”.
Com menos de 20 anos, idade em que a maioria das pessoas quer viver com intensidade, Deycivane tinha pensamentos bem diferentes. “Cheguei a ter ideias suicidas. Hoje, creio que um espírito maligno me induzia a tirar minha própria vida”. Apesar dos desacertos e das constantes brigas entre o casal, veio a segunda gravidez, e a situação piorou. Faltavam recursos para quase tudo, inclusive para o tratamento da menina mais velha, Renielle, que nascera com problemas de saúde. Em busca de atendimento, mãe e filha tiveram de viajar para outro estado. Quando voltaram, Reinaldo continuava a levar uma vida desregrada, sem se importar com a família.
“Quando eu estava praticamente acabada, já com três filhas e nenhuma esperança de melhora daquele quadro, apareceu uma pessoa lá em casa”, lembra-se. Era uma cristã que lhe anunciou o Evangelho da salvação. “Eu escutava sem ouvir de fato, pois não guardava aquelas palavras no coração”. Porém, algo ficou. Quando retornou a Boa Vista, após o tratamento da filha, Deycivane teve vontade de procurar uma igreja. “Passei diante de um templo e fiquei admirada ao ver aquelas pessoas tão felizes louvando a Deus”. Justamente na mesma ocasião, uma vizinha a chamou para conhecer sua igreja. Era aquela mesma – a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD). “Fui ao templo em um domingo e me senti muito bem recebida. Minhas filhas adoraram participar da escolinha”, recorda-se.
Contudo, em casa, a situação se agravara. Ao saber por onde andava a mulher, Reinaldo ficou ainda mais agressivo e distante. “Nossas brigas eram feias, ele quebrava tudo”. Mesmo assim, Deycivane insistiu em frequentar a Igreja. Ela e as filhas compareceram aos cultos várias vezes. “Minha menina mais velha chegou a dizer que queria ser professora na escolinha e participar do grupo de dança, mas falei para ela não se animar muito, porque nem sabia se iríamos ficar lá”, revela a mãe. Mas ficaram, e não mais sozinhas. Com a conversão de Deycivane, sua mãe, suas irmãs e seus sobrinhos também passaram a frequentar a IIGD.
Sentindo-se fortalecida na fé, ela decidiu lutar pelo que ainda restava de seu casamento. Orou muito, buscou o aconselhamento pastoral e começou a fazer votos em favor do marido. “Determinei, pela fé, que ele iria se entregar a Cristo e ir à Igreja conosco”. Na época, contrariado, ele passava até três dias fora de casa. Foi quando a filha mais velha, então com 12 anos, disse que Deus lhe mostrara o pai de “farda” (uniforme) de obreiro. “Disse a ela que o pai nem ia ao culto, quanto mais ser obreiro da casa do Senhor”, admite. Nem mesmo aos convites da filha para vê-la dançar no culto o pai aceitava. Porém, a menina estava convicta de que, se Deus falara, aquilo aconteceria.
Deycivane começou a colocar louvores para tocar em casa. No início, o marido reclamava e desligava o som, mas, com o tempo, ouvia. “Cri que Deus agia em seu coração”. Em uma quarta-feira, Reinaldo disse à família que podiam ir à Igreja, que ele ficaria em casa. “Lá pelas tantas, depois do louvor e antes da mensagem, alguém se sentou ao meu lado, no templo. Era ele!”, emociona-se Deycivane. Ele havia bebido, mas ficou quieto e ouviu a Palavra. No domingo seguinte, acordou cedo, arrumou-se e disse que iria à Igreja com a mulher e as filhas. “Após duas semanas, ele falou com o pastor, pediu oração e entregou-se a Jesus”, continua a mulher, hoje com 36 anos. “Foi liberto da bebida”, acrescenta. Isso foi há cerca de sete anos, e, desde então, a família tem crescido no Senhor. “Estamos fazendo a obra de Deus. Nós dois e uma de nossas filhas somos obreiros, e a outra é professora das crianças”, relata, sem esconder a alegria. Com a vida regrada, os recursos da família cresceram. Atualmente, os Miliano têm uma situação confortável, que nem de longe lembra os dramas anteriormente vividos. “Posso dizer que sou uma mulher muito feliz”, encerra.