Dupla honra
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ALEGRIA VOLTOU
Maria Lúcia superou quadro depressivo com a ajuda da Palavra de Deus
Viviane Castanheira
“A ansiedade era tanta que eu fugia de casa para ir à emergência, pois não raciocinava direito.” Essa declaração é de Maria Lúcia de Lima, de 65 anos. A professora de inglês enfrentou problemas emocionais por quase três anos.
Ela não é a única a vivenciar isso. Estudo realizado em 2020 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) revela: 80% dos brasileiros padecem desses transtornos [leia a matéria especial que preparamos sobre o assunto].
Maria Lúcia morava sozinha, o que, de acordo com a pesquisa do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, de 2012, pode aumentar, em até 80%, as chances de depressão, em comparação aos que moram com uma pessoa ou mais.
Os primeiros alertas apareceram no final de 2018, mas Maria Lúcia não conseguiu enxergá-los. “Não detectei os sintomas como um mal”, conta a professora, que frequentava, esporadicamente, a Igreja Internacional da Graça de Deus em Madureira – Portela, na zona norte do Rio de Janeiro. O tempo foi passando, e ela sentiu algo diferente: “Perdi o apetite e deixei de me alimentar direito. Fiquei sem paciência; não conseguia sequer entrar em uma loja”, revela.
A situação se agravou em 2019, pois Maria Lúcia passou a conviver também com desconfortos abdominais e insônia. Após ir a vários médicos e se submeter a inúmeros exames, Maria Lúcia desejava um diagnóstico. Porém, a espera foi em vão. “Os profissionais não sabiam mais como acabar com a minha dor. Perdi as forças para ir à Igreja. Contava com o clamor dos irmãos”, relata.
No auge do sofrimento, Maria Lúcia procurou um especialista em Saúde Mental. “Iniciei um tratamento psiquiátrico, mas os remédios me deixavam agitada. Sentia dor no peito, falta de ar e ansiedade”, recorda-se a educadora. Ela consultou psiquiatras diferentes procurando um tratamento satisfatório. Além disso, vivia confinada: “Deixei de atender aos telefonemas e só saía de casa para assuntos médicos”, detalha.
A professora recebia o apoio e cuidado da prima, Rejane Celia da Silva Rocha, 65 anos. No entanto, apesar de bem-intencionada, Rejane não soube lidar com a situação e decidiu acompanhar Maria Lúcia de longe: “Ela não aguentava mais ir à minha casa, passando a me controlar somente pelo telefone”, recorda-se.
Maria Lúcia teve perda excessiva de peso e chegou a pesar 42kg. “Eu me deitava e pedia a morte. Acreditava que eu já não servia para nada”, diz. Rejane tentou de tudo para auxiliá-la. “Dei toda a ajuda imaginável e insisti para que ela se cuidasse física e espiritualmente”, relata a prima, que, mesmo não sendo cristã, estava convicta de que Maria Lúcia precisava também zelar pela sua comunhão com Deus.
Quando a professora encontrou um novo psiquiatra – já era o quarto –, as medidas de restrição, em decorrência da pandemia de covid-19, foram estabelecidas. Em meio ao isolamento social, ela passou a se alimentar diariamente da Palavra. “Ali começou a minha recuperação”, explica. Como as igrejas estavam fechadas, o Pr. Saul Monteiro, líder da IIGD em Madureira – Portela, realizava os cultos através de um aplicativo e orientou Maria Lúcia a participar dos encontros remotos. “Raras foram as noites em que deixei de entrar on-line com o grupo.” Os encontros levaram alívio a Maria Lúcia: “Voltei a me alimentar, e a ansiedade foi controlada”, conta, aliviada.
Com a reabertura dos templos, Maria Lúcia retornou ao convívio dos irmãos, que se surpreenderam com sua nova aparência. “Quando fui ao primeiro culto presencial, meu pastor quase não me reconheceu”, lembra-se. Ela recuperou os quilos perdidos e passou a lecionar na Igreja como voluntária. “Tem sido muito bom”, comemora.
Maria mantém o tratamento, mas não precisa mais usar a medicação. “Estou sob os cuidados de Cristo, meu Senhor. Jesus me devolveu o que o inimigo tirou de mim. Tenho alegria de viver!”, conclui Maria Lúcia.
2 Comments
Nosso socorro vem do Senhor
Salmos 121
Amém graças a Deus. Ore por mim estou muito ansiosa e tomando medicação.