Vãs repetições
Sonho do casal se torna realidade
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DOR NA ALMA
Jovens encontram em Jesus a paz para vencer a depressão e a ansiedade
Viviane Castanheira
“O inimigo tentou matar minha filha várias vezes, mas eu sempre declarei que ela pertencia ao Senhor Jesus.” Esse relato é da dona de casa, Valdirene Alexandre da Silva Cordeiro. Ela viu sua filha adolescente definhar diante da depressão, mal que tem afligido a população juvenil de todo o mundo.
Os números de crianças e jovens depressivos são assustadores e aumentaram consideravelmente durante a atual crise mundial de saúde. Um estudo feito pela Universidade de Calgary, no Canadá, com mais de 80 mil jovens e adolescentes de todo o globo, estima que uma em cada quatro pessoas tem sintomas de depressão elevados e uma em cada cinco apresenta sinais de ansiedade. A universidade destaca que a incidência dessas doenças duplicou nessa faixa etária devido à pandemia de covid-19.
A estudante Karina Cordeiro da Silva, de 17 anos, filha de Valdirene, fez parte dessa dolorosa estatística. Em 2019, ela começou a se isolar e se automutilar. Ao se machucar, tentava inutilmente trocar a dor da alma pela física. “O ano de 2020 foi o pior que enfrentei com minha filha, pois começaram as tentativas de suicídio. Foram quatro no total, mas Deus, com sua infinita bondade, livrou-a da morte”, conta Valdirene, que precisou de perseverança em Cristo para suportar tais momentos.
Diante da situação, a moça, de 15 anos, necessitou ser internada em um hospital psiquiátrico. “Eu não aceitava ver uma moça tão linda e carinhosa naquele estado”, recorda-se a mãe. Vadirene nunca perdeu a esperança e decidiu usar a fé. “Clamava ao Senhor por libertação, instruía minha filha a recitar o salmo 91 todos os dias e participei da campanha do copo com água. Eu sempre olhava para Karina e a via curada.”
Karina vivia em um mundo à parte. Alheia ao sofrimento dos seus familiares, ela se sentia inútil e buscava na morte a solução para suas angústias. “Pensava que jamais sairia daquela situação”, revela a estudante. Ela só se sentiu esperançosa quando deixou o hospital. “Passei a assistir aos cultos on-line. Fiquei o ano de 2020 inteiro sem ir à Igreja.” Mais tarde, ela sentiu saudades da casa do Pai e pediu que a mãe a levasse ao templo. “Naquele dia, quando o pastor pregou sobre o batismo, o Espírito Santo falou comigo, e entendi que aquela era a hora certa”, afirma a jovem. Karina frequentava a Igreja antes da crise, mas só conheceu a salvação em Jesus após o vale pelo qual passou. “Hoje, sou completamente diferente. Antes, eu não acreditava na vida. Agora, quero aproveitá-la no caminho do Senhor”, assegura. Valdirene também se alegra com a transformação da filha. “Ela está prestes a entrar na faculdade. Depois de dois anos de luta, está feliz e em paz. Sou grata ao Senhor pelo que Ele fez e fará na vida dela”, frisa a dona de casa, membro da IIGD em Anápolis, interior de Goiás.
A depressão atinge muitos jovens que, assim como Karina, têm dificuldades em lidar com uma dor difícil de explicar, porque não é física. Isso ocorre principalmente na adolescência. De acordo com a psicóloga clínica, Renata Monteiro, esse transtorno afetivo pode ser caracterizado por perda de interesse nas atividades cotidianas e tristeza intensa e duradoura. “A adolescência é uma fase complexa, pois o indivíduo vive uma grande mudança hormonal, com a chegada da puberdade. Essa adaptação pode demorar, gerando conflitos internos e psicológicos. O cérebro está se preparando para o amadurecimento”, explica Renata. A psicóloga ressalta alguns fatores a serem observados, como culpa, desesperança, sentimento de inutilidade, indiferença, irritabilidade, entre outros. “Persistindo os sintomas, a pessoa deve procurar ajuda médica ou psicológica”, aconselha.
De acordo com a terapeuta, um em cada cinco adolescentes admite já ter se ferido para aliviar alguma dor emocional. Esse gatilho pode surgir das mais diferentes situações, como problemas familiares, sentimentais ou sociais. “Uma vez, atendendo uma paciente, perguntei-lhe o motivo de se automutilar. Ela me respondeu que não podia ver nem mostrar sua dor, então se cortava. Essa é a prova de que o cérebro ainda não tem o córtex pré-frontal amadurecido – uma estrutura responsável pela tomada de decisão”, analisa. Além de psicóloga, Renata é pastora da IIGD Portela, no Rio de Janeiro. “Psicologia é ciência e não se relaciona à fé clinicamente, mas crer em Jesus, ter o sentimento de pertencer a um ser maior, alivia o sofrimento psíquico.”
Uma dor que consome a alma. Essa é a sensação que a estudante de Direito, Maryanne Leal Estrela Araújo, de 23 anos, conta ter tido durante quatro longos anos. Tudo começou aos 19, quando ela estava se preparando para o Vestibular e viu a situação financeira de sua família mudar drasticamente. “Tivemos dificuldades em lidar com isso. O nosso padrão de vida caiu bastante. Eu estava estudando para as provas e comecei a ter episódios de choro”, revela a moça. Em 2019, ela enfrentou outro baque: o avô adoeceu, e a ansiedade da jovem aumentou. “Fiquei abalada e perdida, envolta em amizades ruins, e tendo crises de ansiedade, depressão e pânico. Então, comecei a me cortar: guardava uma faca e uma gilete escondida no banheiro. Chorava e me cortava. Era horrível”, admite a moça.
No final daquele ano, Maryanne iniciou um acompanhamento psiquiátrico com medicação forte, mas não se adaptou. “Procurei outro profissional e comecei um novo tratamento, porém eu ficava dopada. Com a pandemia, meus sintomas pioraram, e eu achava que a solução era morrer”, relembra-se Maryanne, que perdeu muito peso enquanto se tratava. A jovem foi melhorando aos poucos. No entanto, em julho de 2021, teve uma recaída. “Foi terrível! Felizmente, minha mãe lutava por mim. Um dia, ela saiu para trabalhar, e eu disse que ia me cuidar, mas não consegui. Comecei a chorar, caí no chão e fiquei me cortando; estava totalmente descontrolada. Sentia como se alguém risse da situação, então liguei desesperada para a minha mãe, que retornou à nossa casa, orou por mim e me acalmou.”
A corretora de imóveis, Maura Estrela de Carvalho, mãe de Maryanne, temeu pela vida da filha. “Foram momentos difíceis. Ela desenvolveu depressão profunda; tinha medo de tudo, era insegura e acreditava ser a pior das criaturas. Comecei a levá-la à Igreja, mas, muitas vezes, ela cruzava os braços e não queria entrar. Outras, entrava e ficava sentada mexendo no celular, emburrada. Mesmo assim, segui orando”, conta Maura. Há seis meses, aquelas orações foram atendidas. “A resistência à Igreja foi vencida, pois Cristo a alcançou. Mary passou a interagir no culto, louvar, buscar a Deus e ler a Bíblia. Ela está liberta, plena e feliz. Foi uma vitória, para a honra e glória do Senhor”, emociona-se Maura, que, em todo o tempo, contou com a ajuda da liderança da sede da IIGD em Natal (RN). “Clamei entregando tudo a Deus. Foi um processo de libertação, mas me sentia, a cada culto, mais transformada. Consegui um estágio, e meu relacionamento com minha família melhorou. Sinto como se eu, finalmente, tivesse uma vida digna, de qualidade, como filha de Deus”, conclui Maryanne. Desde o seu batismo, ela não teve mais crises de ansiedade ou depressão.
7 Comments
Preciso ficar boa. Não aguento mais . Me socorrem
Força !
Leia a Bíblia
Ouça louvores
Pregações .
Acredite .
JESUS vai te encher de alegria.
Me ajudem por misericórdia
Tambem me sinto.muito triste, ansiosa, muitas vezes quero dormir o tempo todo outras vezes sem sono.choro facil e tenho dificuldades para realizar as coisas rotineira como tomar banho, lavar cabelo e me cuidar
Obrigada por compartilhar sua história. Procure a ajuda em uma IIGD mais próxima de sua residência, certamente, lá você será acolhida.
Eu já passei por isso três vezes e cada vez parece pior e foi só em Jesus que encontrei a paz verdadeira o melhor remédio é a fé.
Jesus está sempre pronto a ajudar. Você é abençoada Ruthi.