Na escola de fé
Beleza e graça
COMPARTILHE
BOM E AGRADÁVEL
Membros da IIGD relatam suas experiências de comunhão com os irmãos e pertencimento ao Corpo de Cristo
Carlos Fernandes
“Sinto-me acolhida” e “Estar envolvida nessa atmosfera de amor e fé nos leva a compartilhar alegrias e lutas”. Com manifestações desse tipo, a professora aposentada, Neusa Maria de Oliveira Furtado, 58 anos, define seu pertencimento à Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD), que ela conheceu em 1996. Desde então, são mais de 25 anos frequentando a casa do Senhor. “Eu vim por intermédio da minha mãe, que tomou conhecimento da Igreja pelo programa Igreja da Graça no Seu Lar”, conta. Na época, a vida de Neuza estava “vazia”, como ela mesma define. “Eu buscava me preencher em outras religiões e em situações mundanas. Visitei algumas denominações evangélicas, mas, ao entrar na IIGD, logo me identifiquei com esse trabalho”. Batizada nas águas em 1997 e com o Espírito Santo no ano seguinte, a aposentada se envolveu com a obra de Deus. Atualmente, ela faz parte do ministério Mulheres que Vencem (MVQ), é professora na escolinha infantil e obreira voluntária. “Sempre que possível, participo das campanhas evangelísticas do Missionário e de outros pastores, além dos encontros regionais e do evangelismo.”
A trajetória de Neuza é semelhante à de milhares de pessoas que encontram na Igreja da Graça, além da salvação em Cristo, sentimentos que transcendem a espiritualidade. “Aprendo muito por meio do ministério, e esse crescimento se reflete em minha vida particular, tornando-me um ser humano melhor nos outros grupos sociais, como na família e no trabalho”, afirma a docente. De fato, é na comunhão com os irmãos e na sensação de pertencimento que homens, mulheres, jovens, crianças e idosos encontram motivação e autoestima. “Fazemos parte de um rebanho e somos apascentados por um pastor que zela por nós e dará conta de nossa alma”, completa. Essa relação, com base na fé e na confiança, reforça os vínculos fraternos e confirma o que o Salmo 133, nos versículos 1 e 2, diz sobre a comunhão entre os salvos: ela é boa e agradável, comparada ao óleo da unção que desce sobre a barba de Arão.
“Estar na Igreja é uma necessidade. Cada irmão que Deus usa para nos acrescentar Seu amor e cada ensinamento que nos ajuda a nos tornarmos pessoas melhores, conforme Sua imagem e semelhança, são uma bênção”, destaca o auxiliar administrativo, Rubens Nascimento de França, 24 anos, que congrega na sede da Igreja da Graça em Rio Branco (AC). Com toda sua família envolvida no ministério da IIGD, ele foi batizado em 2011 e dedica sua mocidade ao Criador. “O mover de Deus é grande, principalmente com o objetivo de mostrar o caminho aos jovens que estão perdidos”. Para Rubens, esse ambiente é uma preparação para o que acontecerá no Céu, onde, “juntos, viveremos para a glória do Pai”.
Pastor e rebanho
A ideia de pertencer ao Corpo de Cristo mediante uma igreja local perdura por gerações. Com efeito, o próprio Jesus Se designou o Bom Pastor – e pastores cuidam de rebanhos. Nesse sentido, o Mestre comparou Seus seguidores a ovelhas. Embora tenham surgido, ultimamente, diversos questionamentos acerca da igreja institucional, e o número de cristãos confessos, mas não vinculados a uma denominação, tenha ultrapassado mais de 10 milhões de pessoas, segundo pesquisas recentes, quem congrega regularmente não abre mão dessa experiência. “O significado de participar de reuniões e cultos é como a necessidade de se alimentar”, compara a aposentada, Maria Consolata de Souza Magalhães, de 60 anos, a Irmã Consolata, como é carinhosamente chamada pelos membros da Igreja da Graça em Boa Vista (RR). “Sinto-me uma filha de Deus no aconchego de Sua casa, sendo nutrida pela Palavra, ajudando a obra do Mestre com dízimos e ofertas, em comunhão com minha família da fé – os meus irmãos em Cristo.”
Então pertencente a uma outra expressão religiosa desde criança, Maria recebeu a Cristo como Senhor e Salvador em 2004, em um culto da IIGD. Batizada em 2009, ela sonhou que atuava como obreira, o que se concretizou no mesmo período. São 13 anos de atividades a serviço do Reino: Consolata colabora em todas as reuniões, é intercessora, integrante do MQV e sempre comparece quando é convocada a ajudar o próximo. “Com o Pr. Eric e uma equipe de obreiros, participo de um trabalho social com imigrantes venezuelanos, duas vezes por semana”, declara. Trajetória semelhante tem sua companheira de fé e de Igreja, Maria Neli de Figueiredo e Silva, de 61 anos. Ela, que teve uma vida conturbada, conta que foi bem recebida ao chegar à IIGD, em novembro de 2008, de onde não saiu mais: “O bom é estar na Igreja, irmão”, diz, bem-humorada.
Além dos aspectos positivos que o pertencimento eclesiástico proporciona, a ligação com a família da fé se faz, particularmente, importante na hora da dor. Neli enfrentou sérios problemas de saúde que a levaram a operar quatro vezes. Em todas as ocasiões, ela foi amparada pela Igreja. “Os irmãos estavam sempre comigo e me deram todo o suporte”, lembra-se. Prestes a ir para a quinta cirurgia, uma ministração no culto deu a ela o entendimento de que a enfermidade era uma cilada do diabo. “Entrei em oração e fui curada pelo Senhor, por meio do patrocínio”. Para Maria Neli, esta é a síntese da vida cristã: “Um irmão ajudando o outro”, ensina, inspirada no Salmo 122.1, que diz: Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor.”
“Honra e orgulho”
“Estar na Igreja é uma alegria, porque tenho certeza de que estou prestando culto ao Senhor no lugar certo, e esse é o dever dos cristãos”, declara o obreiro, Paulo Elias Ferreira, de 68 anos. Ele foi o primeiro indicado pelo Pr. Daniel Bahiano, líder da Igreja da Graça no Espírito Santo, por ocasião da produção desta matéria. E quem o conhece sabe muito bem por quê. Além de frequentador assíduo dos cultos no templo sede de Vitória, ele faz evangelismo nas ruas, integra as atividades com os Homens que Vencem (HQV) e participa dos cultos nos lares. Tudo isso com uma energia admirável. “Faço parte de um rebanho que tem os mesmos objetivos: ser fiel a Deus em primeiro lugar e cumprir seu ministério”, afirma. Paulo conheceu o trabalho do Missionário em 1988. Sete anos depois, ele fez questão de estar presente na reunião inaugural da Igreja em Vitória. “Foi quando a minha vida com Deus começou de verdade”, destaca. “Estou aqui até hoje, com muito orgulho.”
Apesar da agitação da fase estudantil, Maylany Lopes Pinto, 23 anos, não abre mão de partilhar dos mesmos princípios em relação à importância de integrar a Igreja do Senhor: “Para mim, o melhor momento é quando estou nos cultos, congregando, louvando ao Altíssimo, ouvindo Sua Palavra e servindo a Cristo. Tudo isso é parte essencial de minha vida”. Como qualquer pessoa da idade dela, Maylany gosta de estar com outros jovens, mas prioriza aqueles que partilham da mesma fé e pertencem à mesma Igreja, na qual ela serve desde que a IIGD foi aberta em sua cidade, Rio Branco, em 2005. Assim, ela faz questão de discordar daqueles que relativizam o ato de congregar. “A igreja foi criada por Deus para que cresçamos juntos nela”, assegura. Para ela, ali a comunhão com Cristo se expressa de maneira profunda: “O Senhor quer que nos importemos com o próximo, e isso acontece quando estamos lado a lado”, finaliza.