Vãs repetições
Sonho do casal se torna realidade
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VITÓRIA NO SENHOR
José Hendryo tem recebido muitas bênçãos com sua família
Carlos Fernandes
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um conjunto de sintomas e condições que levam a um grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem. Recentemente, o TEA tem sido objeto de intensos estudos científicos, levando à melhoria da qualidade de vida das pessoas com esse distúrbio e de seus familiares. Essa é a condição de José Hendryo Cardoso, de 13 anos, morador de Macapá (AP). Diagnosticado com autismo leve, ele tem recebido o suporte e a assistência necessários, e sua mãe, Elisângela do Socorro Pantoja Cardoso, de 44 anos, planeja o futuro do adolescente: “Quero que ele seja um obreiro na casa do Senhor”, sonha.
No entanto, nem sempre Elisângela teve tanta segurança. Quando o menino era pequeno, ela enfrentou muitos problemas. “Ele era inquieto, e eu não conseguia trabalhar nem deixá-lo com ninguém”, lembra-se a autônoma. A mãe só se tranquilizou quando Hendryo, então com oito anos, foi alvo de uma palavra do Senhor: “Deus me disse que tinha planos para ele e que eu deveria buscar também os médicos. Eu levava o nome do meu filho para as reuniões de oração na Igreja da Graça.”
O diagnóstico definitivo de autismo só veio quando o garoto tinha dez anos de idade. “A partir daí, comecei uma luta para receber o benefício previdenciário a que ele tem direito.” Além das dificuldades nos cuidados com o filho, havia os problemas financeiros, pois apenas o marido de Elisângela trabalhava formalmente. Em termos econômicos, ela contribuía como podia, fazendo artesanato para vender, mas os recursos eram insuficientes. A família começou a participar das campanhas da Prosperidade na IIGD em Jardim Felicidade, na capital amapaense, e Elisângela levava aos cultos a pasta com os documentos exigidos pela Previdência. Como o quadro de Hendryo era de TEA leve, os peritos e assistentes sociais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relutavam em lhe conceder o benefício.
“Diziam que eu não conseguiria, mas perseverei na fé”, garante Elisângela. Sem condições de contratar um advogado para representá-la juridicamente, só lhe restava orar. “No dia 31 de agosto de 2021, participamos de uma campanha na Igreja. Senti o desejo de ofertar para a obra de Deus, e assim fiz. No dia 1º de setembro, recebi a notícia de que o juiz havia deferido nosso pedido”, comemora. Até os valores atrasados, desde a data da distribuição da ação, foram pagos de forma retroativa.
Agora, Elisângela quer se dedicar à educação do filho e à seara do Mestre. “Com esse benefício, terei mais disponibilidade para atuar como evangelista e auxiliar os pastores”, planeja. José Hendryo tem se desenvolvido bem e foi batizado nas águas, selando sua aliança com o Altíssimo. Daqui para a frente, resta aguardar o cumprimento das promessas bíblicas: “Apesar das lutas, o Senhor está na frente, e venceremos”, encerra a mãe, esperançosa.