Paternidade abençoada
A importância de levantar
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VIDA RESTAURADA
Em Cristo, Kethellyn experimentou a transformação emocional e espiritual
Carlos Fernandes
Engana-se quem pensa que o simples fato de congregar em um templo evangélico faz com que as pessoas sejam felizes e plenas. No caso da jovem Kethellyn Pacheco Venturi, 20 anos, de Araruama (RJ), estar na casa do Senhor não a impediu de, ainda na adolescência, enfrentar problemas psicológicos. “Mesmo sendo de família cristã e tendo frequentado a igreja desde os sete anos, eu não tinha um relacionamento com Deus nem a convicção da Palavra”, reconhece. Por volta dos 15 anos, a moça sentia um pesar: “Eu vivia angustiada. Tinha crises de choro à noite, meu humor oscilava, e isso atrapalhava a minha rotina”, lembra-se.
Kethellyn se percebia como um incômodo para os que estavam à sua volta. “Ao longo da adolescência, pensamentos malignos surgiam. Achava que as pessoas apenas me suportavam. Eu não gostava da minha personalidade e tentava mudar para me sentir melhor. Porém, o sentimento de inferioridade só piorava.” Naquela época, o pai de Kethellyn estava afastado da igreja, e a mãe comparecia aos cultos esporadicamente. Sentindo-se solitária, a menina começou a escrever sobre seus pensamentos e, um dia, ela se surpreendeu ao notar elementos suicidas em um de seus textos. “Eu vivia em guerra espiritual, porque conhecia a Palavra e sabia que aquele sentimento era negativo. Não queria desagradar a Deus, mas me sentia tão mal e desesperada que estava a ponto de tirar minha vida.”
Nas noites de crise, Kethellyn clamava em lágrimas ao Altíssimo, e o Senhor a socorreu. “Passei a frequentar as reuniões e ouvir as mensagens de forma diferente, como se estivesse mais sensível à voz de Deus. Eu necessitava da atenção de alguém que tivesse uma Palavra transformadora para mim”. A busca da presença divina levou Kethellyn à conclusão de que não estava só. Ela destaca que a Igreja da Graça teve papel fundamental nesse processo: “Se não fosse o acolhimento e o cuidado recebidos dos amigos do ministério, não teria forças para continuar. Aos poucos, eu me senti menos angustiada. Chorava muito nos cultos de domingo, pois Deus estava lavando meu interior.”
Hoje, Kethellyn é feliz e cheia de projetos. A jovem estuda Relações Internacionais e trabalha na área farmacêutica – portas que foram abertas pelo Senhor, como ela gosta de frisar. A rotina exaustiva não a impede de encontrar tempo para a família e para Jesus. Na IIGD em Araruama, Kethellyn faz parte do grupo de evangelismo, do ministério Jovens que Vencem (JQV), é obreira e atua na escola bíblica infantil. “Estou à disposição da obra de Deus”, garante.