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ORAÇÃO CONTRA O MAL
Em todo o país, o MQV tem orado pelas crianças e pelos adolescentes das escolas brasileiras
Viviane Castanheira
O crescimento assustador de casos de ataques às escolas brasileiras disparou um alerta para a urgência de olhar com mais atenção a segurança das crianças, dos jovens e adolescentes nas instituições de ensino. Segundo dados da BBC News, o número de ataques, nos anos de 2022 e 2023, no Brasil, é maior do que o registrado nos 20 anos anteriores.
Infelizmente, os primeiros meses de 2023 foram marcados pela violência em todo o país. Em fevereiro, um ex-aluno atacou a escola em que estudava com uma bomba caseira, na cidade de Monte Mor (SP). No final de março, um aluno de 13 anos atentou contra uma escola de São Paulo (SP). Já no início de abril, uma creche em Blumenau (SC) foi alvo de um criminoso, resultando na morte de quatro crianças.
Esse cenário estabeleceu o pânico entre pais, alunos, professores e funcionários das instituições educacionais, que se sentem desamparados e impotentes. Diante desse quadro de medo e incertezas, o ministério Mulheres que Vencem (MQV) organizou uma mobilização nacional de oração na porta das escolas, creches e faculdades de vários municípios do país. De acordo com a Pra. Thais Benevente, líder do MQV em São Paulo, a onda de violência é uma clara manifestação espiritual. “Sempre que existem ataques em massa como esses, é sinal de que uma potestade das trevas está agindo. Sendo assim, a Igreja deve bloquear instantaneamente essa ação, combatendo espiritualmente esse mal”, ressalta a pastora, que convocou às mulheres para guerrearem contra tais forças em oração. “A Igreja sempre esteve às portas do inferno, mas temos a garantia de que ele não prevalecerá contra nós!”
Benevente alerta que o inimigo tenta incansavelmente encontrar meios de acabar com o povo de Deus. “Hoje, o alvo é a escola; amanhã, será outro lugar. O adversário de nossas almas só aprimora a forma de agir, e, atualmente, tem sido por meio da internet. E muitos pais, infelizmente, não percebem o quanto seus herdeiros têm sido influenciados de maneira negativa por essa rede. O mundo tem formado seus jovens! Sem limites, sem Jesus!”, aponta a pastora. Ela tem dois filhos em idade escolar e ressalta a urgência nas ações da família no resgate das crianças. “Agora, é hora de agir: consagrar os filhos ao Senhor, orientá-los de acordo com a Palavra de Deus e ficar atento aos sinais”.
A pastora reconhece que ensinar o caminho certo nem sempre é fácil, porém, extremamente necessário. “Dá trabalho, mas acredito que, quando fazemos isso, estamos afiando flechas. Se as afiarmos bem, elas irão longe e na direção certa!”
Ver os filhos no caminho certo é o desejo de toda mãe. Bruna Cavalcante, coordenadora do MQV no Rio Grande do Norte, é uma delas. Com dois filhos em idade escolar, ela entende a aflição das famílias ao enviar suas crianças para a escola. “Aquele lugar deveria trazer segurança, no entanto, hoje, gera insegurança. Por isso, temos orientado as mães a confiarem em Deus, pois Ele cuidará dos nossos filhos, os quais são heranças do Senhor!”, garante Bruna, que implantou o projeto de oração em todo o estado. “Temos visitado as escolas, a fim de orar e interceder por nossas crianças”, explica a líder. Ela conta ainda estar sendo bem recebida pela comunidade escolar. “A nossa entrada foi permitida em algumas instituições. Nelas, nós nos deparamos com crianças, adolescentes, professores e diretores muito sensíveis, com o coração aberto para receber a Palavra. Alguns pediram orações individuais. As visitas têm sido edificantes.”
Para Bruna, esses ataques são sinais do fim dos tempos. “Diariamente, temos visto a Palavra cumprindo-se, o amor de muitos tem esfriado. Além disso, cada vez mais, jovens e crianças se excluem do convívio social, para focar no celular, sem a devida supervisão. A maioria deles tem problemas familiares”, analisa.
A Profa. Maria Selma Elias de Morais, de 50 anos, recebeu o grupo potiguar em seu estabelecimento de ensino e agradece pela iniciativa. “A oração, quando realmente é elevada com fé, é poderosa. Costumo dizer que a Palavra de Deus é linda e eficaz e que deve ser sempre bem-vinda em qualquer ambiente”, afirma Selma. Essa irmã tem usado a fé para encarar o tempo difícil: “A minha escola é pequena, mas é grande em amor, união e esperança de dias melhores. Tudo o que está dentro ou fora da escola precisa do toque especial de Deus. A comunidade escolar merece e almeja paz e amor, além de muita educação, tudo isso com a presença de Deus”, alerta Selma.
Em Santa Catarina, estado onde houve o ataque mais brutal deste ano, o MQV também se preocupa em levar uma palavra de consolo às famílias. Sob o comando da Pra. Keize Pizzetti, coordenadora do ministério no estado, as mulheres e outros membros da Igreja se uniram para desenvolver o trabalho. “É momento de se posicionar. Essa não é uma missão que cabe apenas às mulheres, mas à Igreja do Senhor!”, ressalta Pizetti. “Temos motivado mães, professores e funcionários a crer em Deus. O nosso socorro vem do Senhor. As famílias e as crianças precisam de escolas ativas e seguras. Este é um momento desafiador, mas precisamos confiar no Senhor”, assinala. “Diante de fatalidades como essa, nós nos perguntamos onde está Deus? A resposta é simples: Ele está onde sempre esteve: batendo à porta do coração da humanidade, pedindo para entrar”, ressalta ela. Pizetti completa: “A humanidade tem rejeitado o chamado do Senhor, entregando-se às suas paixões. O que temos vivido é o esfriamento do amor”.
Ainda no Sul do país, o MQV gaúcho, sob a coordenação da Pra. Neloci Abade Bayer, abraçou a missão dada. “Satanás veio para matar, roubar e destruir. Ele tem tentado acabar com aquilo que é mais precioso para nós, as nossas crianças. Como Igreja, precisamos nos posicionar e nos levantar contra esse mal”, enfatiza. “O mal sempre existiu, mas onde a Igreja se coloca, ela impede a ação maligna. A Palavra diz que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja do Senhor”, frisa Neloci. Ela tem orientado as mães aflitas por terem de mandar seus filhos à escola a orar e determinar a vitória sobre o mal. “Deus envia os seus anjos, a fim de livrar, proteger e guardar os nossos filhos do maligno. Devemos pedir que o Altíssimo não deixe o mal alcançá-los.”
Essa é a oração da pedagoga Milênica Dutra Amaral, de 45 anos. Diretora de uma escola municipal em Alegrete (RS), região do Pampa Gaúcho, a gestora ficou feliz em receber o grupo de oração do MQV da cidade. “Acredito que Deus é nossa esperança para tudo, e levar essa Palavra às pessoas, ainda mais em um momento de fragilidade como este, é de extrema importância”, atesta a professora, que também é membro da sede da IIGD no município. “É preciso mostrar para as pessoas que não estamos sós, temos uns aos outros e um Deus maravilhoso que nos protege”, diz Milênica e finaliza. “Não adianta ter zelador, alarme, câmeras de vídeo, se não confiarmos e entregarmos nossa vida e de nossas crianças a Deus. Só Ele é nosso refúgio e nossa fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia (Salmo 46.1).”