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NASCIDO DE NOVO
O pequeno Fernando sobreviveu milagrosamente a uma bala perdida que o atingiu na cabeça
Carlos Fernandes
Um tiro. Um susto. Uma dor. Assim foi aquela manhã de 29 de março de 2023 para a família de Solange Batista da Silva. O dia transcorria normalmente no bairro paulistano de Campo Limpo. Fernando, então com oito anos de idade, estava voltando da escola na companhia dos avós quando tudo aconteceu. Um assalto a um carro de entregas terminou em tiroteio, e uma bala perdida atingiu o menino no lado esquerdo da cabeça. “Minha mãe veio correndo aqui para casa, gritando que mataram o Fernando”, lembra-se Solange. Naquele momento crítico, ela só ouviu uma voz, e não era a de sua mãe. “Escutei um ‘Não!’, vindo do Céu, mandando que eu repreendesse a morte”, revela.
Membro da Igreja da Graça em Parque Esmeralda, zona sul de São Paulo, como toda a família dela, Solange conhece bem o poder da intercessão. E foi clamando ao Senhor que ela levou o filho, ensanguentado, para o hospital mais próximo. “Aos poucos, os olhos dele foram se fechando. Entramos correndo no hospital, e, quando a porta da emergência se fechou, continuei clamando ao meu Deus do lado de fora.” Um primeiro milagre aconteceu: naquele dia, havia uma equipe de neurocirurgia à disposição, o que não é comum na unidade pública de saúde: “Deus preparou tudo para meu filho ser atendido”, recorda-se Solange.
A primeira cirurgia de altíssimo risco durou mais de quatro horas. A bala havia entrado na nuca e se alojara perto dos centros cerebrais que coordenam a fala e os movimentos. “No meio do procedimento, faltou energia duas vezes. Porém, clamei ao Senhor e disse para Satanás que não deixaria de adorar a Deus em nenhum momento”, continua a mãe. À beira da morte encefálica, Fernando recebeu duas bolsas de sangue em transfusão e sobreviveu. Contudo, o quadro era desolador. “O médico nos disse que nosso filho estava salvo, mas havia o risco de graves sequelas”, diz Leandro, o pai da criança. “Ele poderia nunca mais andar ou falar.”
“Sequência de Deus”
Contudo, a família não esmoreceu. O Pr. Raoni Gonçalves deu assistência espiritual durante a situação vivida por Solange e Leandro, compartilhando o estado de Fernando com outros membros e pastores. Àquela altura, uma vasta corrente de oração ganhava corpo em todo o Brasil. “Houve muita gente envolvida em oração e fé”, diz Raoni. O caso de Fernando chegou aos ouvidos do Missionário R. R. Soares e do Pr. Jayme de Amorim. Ambos intercederam pelo garoto imediatamente. “Coloquei o celular no ouvido do Fernando enquanto ele estava em coma, para que escutasse aquelas orações”, diz Solange.
As primeiras duas horas após uma cirurgia dessa natureza costumam ser decisivas. Durante aquele período, Fernando, contrariando as piores perspectivas, teve uma melhora contínua. Sua pressão intracraniana foi se normalizando, e ele voltou a respirar espontaneamente e a recobrar os movimentos. O que Solange, Leandro e os que creem em Jesus chamam de milagre foi descrito pelos médicos como “um caso fora do normal”. “O médico disse que meu filho teve uma sequência de sortes”, diz Solange. “Mas eu respondi que foi uma sequência de Deus”. O menino Fernando, seu irmão, seus pais e os irmãos em Cristo que congregam na IIGD sabem muito bem em quem têm crido. O pequenino nasceu de novo pelas mãos do Todo-Poderoso.
A reabilitação se completou após cerca de 40 dias, quando ficou pronta uma prótese de resina para a área óssea danificada. “A segunda cirurgia também foi um sucesso”, comemora Leandro. O garoto se recuperou e agradece a Deus. “Estou ótimo e consigo andar normalmente”, diz, enquanto brinca e estuda, como qualquer menino de sua idade. E ainda vai à igreja: Fernando, seu irmão Vinícius e seus pais são atuantes na comunidade da qual fazem parte. O garotinho cresce em meio aos louvores. Enquanto Leandro toca contrabaixo e Vinícius é o pianista da banda, Solange canta. Fernando arrisca os primeiros acordes no piano e esboça alguns ritmos na bateria. A família do menino tem inúmeros motivos para adorar ao Senhor. “Não largamos esse Deus por nada. Ele pode todas as coisas!”, ensina Solange.
1 Comment
Se isso é milagre então e vivi na emergência e na UTI, milagres diários.
O Hospital Governador Celso Ramos de Florianópolis é referência em trauma, muitos pacientes com traumatismos intracraniano depois de dois meses de coma saindo lúcidos UTI, acidentes de motos, com fraturas onde ossos rasgavam a pele, ficando od ossos espostos…. gente então eu convivi com milagres diariamente.